A polícia do Rio matou apenas em março 140 pessoas em supostos confrontos, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto de Segurança Pública, órgão do governo do Estado. O número representa um recorde histórico de mortes em apenas um mês desde que o índice é divulgado, há dez anos. Apenas em comparação com março de 2007, são 26% de mortes a mais, contabilizadas pela polícia como "auto de resistência". Por outro lado, o número de apreensões de armas e drogas caíram, respectivamente, 12,5% e 0,5%. Apenas no primeiro trimestre deste ano, foram registrados 318 casos no primeiro trimestre de 2007.
Este delito apresentou aumento de 12,6% (mais 40 vítimas) em relação ao mesmo período de 2007. "É um crescimento descontrolado. Esse número é absolutamente chocante e acima de qualquer coisa que possa parecer razoável. Há um indicativo forte da perda de controle total de comando. Esse número de mortes não reduz os homicídios dolosos, não melhora a imagem da polícia e não tira o tráfico da comunidade.
Por outro lado, a produtividade policial caiu. Será que o governador sabe o que os policiais estão fazendo dentro das favelas? Ele está estimulando violência", alerta Silvia Ramos, coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC) da Universidade Candido Mendes.
Para Silvia, o dado significa um sinal de alerta e uma indicação de que está na hora de "repensar a política de segurança que se quer para o Rio". Entre os crimes registrados em março, caíram os homicídios (18%), roubo de veículo (28%) e roubo a residência (23%). Os roubos a pedestres, no entanto, subiram 10%, homicídios culposos no trânsito, também 10%, e lesão culposa no trânsito, 11%.
terça-feira, 17 de junho de 2008
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